Como engenheiro atuante no Brasil, é com preocupação que observo o impacto da taxa Selic no desenvolvimento da engenharia em nosso país. A taxa Selic, estabelecida pelo Banco Central, desempenha um papel crucial na economia, porém seu impacto negativo tem sido sentido de forma significativa em nosso setor.
A taxa Selic é responsável por regular os juros no país, influenciando diretamente o ambiente de investimentos e o acesso a financiamentos. Infelizmente, o efeito disso na engenharia brasileira tem sido prejudicial, minando nosso potencial de crescimento e impactando negativamente nossa capacidade de inovação e desenvolvimento tecnológico.
Uma das principais consequências do aumento da taxa Selic é a desaceleração dos investimentos na engenharia. Com juros mais altos, os projetos e empreendimento tornam-se menos atrativos para investidores e financiadores. Isso resulta em uma diminuição significativa na demanda por projetos de infraestrutura, tecnologia e pesquisa, dificultando o avanço do setor.
Além disso, o mercado imobiliário e a construção civil, setores diretamente ligados à engenharia, são afetados negativamente pela taxa Selic elevada. O encarecimento dos financiamentos imobiliários desestimula a demanda por novas construções, impactando toda a cadeia produtiva e gerando desemprego no setor.
A taxa Selic alta também prejudica a competitividade da engenharia brasileira no cenário global. Com custos de financiamento elevados, as empresas enfrentam dificuldades em investir em inovação, tecnologia e capacitação de seus profissionais. Isso nos coloca em desvantagem em relação a outros países, que possuem taxas de juros mais baixas e, portanto, condições mais favoráveis para o desenvolvimento da engenharia.
Para reverter esse cenário e impulsionar o desenvolvimento da engenharia brasileira, é necessário que as autoridades tomem medidas efetivas. Reduzir a taxa Selic, promover políticas de crédito mais acessíveis e incentivar investimentos em infraestrutura são passos cruciais para criar um ambiente propício ao crescimento do setor.
Além disso, é fundamental fortalecer parcerias público-privadas, estimular a pesquisa e a inovação, e investir em programas de capacitação e formação de profissionais qualificados. Dessa forma, poderemos superar os desafios e alavancar o potencial da engenharia brasileira.
A engenharia é uma área essencial para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil. Portanto, é urgente que sejam adotadas medidas para reduzir o impacto negativo da taxa Selic no setor, garantindo um ambiente propício ao investimento, inovação e crescimento sustentável.
O futuro da engenharia brasileira depende de ações concretas para mitigar os efeitos da taxa Selic. É hora de unir esforços e trabalhar em conjunto para impulsionar o desenvolvimento da engenharia e garantir um futuro próspero para todos os profissionais e empresas do setor.
( * ) Escritor, Prof. Me e Diretor Presidente do Instituto de Governança Fundiária do Brasil – IGFB